Atualizado em 5 de dezembro de 2022 às 02h12
O controle biológico é uma técnica de manejo de pragas a base de agentes naturais como fungos, bactérias, vírus e predadores. Além de ser extremamente eficaz, o método não provoca danos à lavoura, aos inimigos naturais e nem ao meio ambiente.
Com tantos benefícios, a prática tem se popularizado em diversos países como uma alternativa mais sustentável. De acordo com dois relatórios do instituto de pesquisa Research and Markets, o mercado de biológicos deve ter um faturamento de US$ 18,5 bilhões até 2026, o que representa um aumento de 74%.
Para aprofundar o assunto, a Oligos Biotec trouxe um conteúdo abordando o cenário atual do mercado de controle biológico no Brasil e as perspectivas futuras. Continue com a leitura para saber mais!
Atualmente, existem 3 espécies de agentes que podem ser utilizados como inimigos naturais no cultivo comercial. São eles, os predadores, parasitóides e entomopatógenos. Veja as características de cada um.
Predadores: são insetos ou aracnídeos que se alimentam de suas presas para completar seu ciclo de vida. Fazem parte desse grupo, joaninhas, percevejos, ácaros, fitoseídeos, vespas, entre outros.
Parasitóides: são espécies cuja fase larval se desenvolve dentro do hospedeiro ou sobre o corpo de outro inseto, alimentando-se deste e causando sua morte. São relações bastante específicas, ou seja, cada espécie de parasitoide ataca sua presa em estágios bem definidos (ovo, larva, ninfa, pupa e adultos).
Entomopatógenos: são microrganismos que atacam e se alimentam de pragas, resultando no controle destas de uma forma eficiente. Fazem parte desse grupo de defensivos biológicos fungos, vírus e bactérias.
O Brasil sendo uma potência mundial no segmento agrícola, costuma liderar o ranking de países que mais utilizam defensivos no manejo de pragas e doenças. Dessa maneira, o uso de agentes biológicos representa um grande avanço nas pautas relacionadas à sustentabilidade e meio ambiente.
Hoje, existem programas de controle biológico no Brasil extremamente eficazes em várias culturas. Na cana-de-açúcar, por exemplo, o manejo da broca-da-cana (Diatraea saccharalis), uma das principais pragas da cultura, pode ser feita por meio do parasitoide de larvas (Cotesia flavipes) e o parasitoide de ovos (Trichogramma galloi).
Já na cultura da soja, para combater o ácaro rajado (Tetranychus urticae) e a mosca-branca (Bemisia tabaci), pode-se usar o produto Beauve100 (Beauveria bassiana) com grande eficiência. O mesmo produto também apresenta excelentes resultados no controle da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) e do moleque de bananeira (Cosmopolites sordidus).
De forma geral, o controle biológico no Brasil vem assumindo um importante papel no manejo de pragas e doenças, isoladamente ou em combinação com defensivos químicos convencionais, ganhando em eficiência e reduzindo os impactos no campo.
Neste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) somou 69 registros de defensivos biológicos. Em 2021, foram 51 registros de novos produtos do segmento. Observando esses dados fica evidente a adesão do método pelos produtores brasileiros que se dá devido a diversos fatores:
Sendo assim, a previsão é que o mercado brasileiro de defensivos biológicos continue expandindo nos próximos anos. De acordo com uma pesquisa feita pela Consultoria Blink Projetos Estratégicos com a CropLife, o setor deve atingir R$ 3,7 bilhões no Brasil em 2030. O valor representa um crescimento de 107% em comparação com a previsão feita em 2021.
O uso de defensivos biológicos necessita de conhecimento técnico e de produtos com eficácia comprovada.
Atuando há mais de 10 anos no segmento, a Oligos Biotec é referência em soluções biológicas para o controle de pragas e no favorecimento de inimigos naturais nas lavouras.
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