Atualizado em 28 de agosto de 2023 às 11h08
Considerado uma das principais doenças do feijão, o Murcha-de-Fusarium pode causar danos severos à lavoura. Com sua capacidade de sobreviver por longos anos no solo, mesmo sem hospedeiros, o patógeno representa um desafio persistente para os produtores.
Neste artigo, exploraremos os principais aspectos da Murcha-de-Fusarium, seus impactos e como manejá-lo de forma eficiente. Excelente leitura!
A Murcha-de-Fusarium é uma doença de grande impacto causada pelo fungo Fusarium oxysporum. Ela prejudica os vasos condutores de seiva, dificultando, até interrompendo o fluxo de água e nutrientes dentro das plantas, reduzindo o stand (número de plantas por ha) e impactando negativamente na produtividade.
Presente em inúmeras regiões do Brasil, os fungos dos gêneros Fusarium infectam diferentes culturas. Dentre as principais, estão:
● tomate;
● feijão;
● alface;
● batata;
● cenoura;
● pimentão;
● café
● morango.
Nas lavouras, a doença é disseminada, de uma área contaminada para uma livre da enfermidade, através de equipamentos sem a devida limpeza – com resíduos de solo, irrigação, sementes contaminadas e pela água das chuvas que escorre das partes mais altas para as baixadas.
Além disso, o fungo Fusarium oxysporum pode sobreviver no campo e em restos de culturas por até 8 anos, mesmo sem hospedeiros. Por isso, o manejo do solo é essencial no combate dessa praga agrícola.
Vale destacar que, hoje, existem mais de 200 espécies desse fungo, sendo o Fusarium oxysporum, causador do murcha-de-fusarium, um das mais comuns. As temperaturas entre 24°C a 28°C associada à alta umidade do solo, favorecem o desenvolvimento do patógeno. Além disso, solos compactados e ácidos também são favoráveis à ocorrência.
A Murcha-de-Fusarium causa danos significativos nas plantas, afetando seu crescimento, desenvolvimento e produtividade. A seguir, veja alguns dos principais impactos causados pela doença.
A Murcha-de-Fusarium se manifesta geralmente no início da fase de florescimento e frutificação da planta. Nesse período, o sintoma mais evidente é o murchamento e a amarelecimento das folhas. Isso pode ocorrer de forma gradual ou repentina, dependendo da severidade da infecção.
A interrupção do fluxo de água e nutrientes causado pela doença, faz com que as plantas não consigam obter os recursos necessários para um crescimento sadio. Isso resulta em um desenvolvimento retardado, menor altura das plantas, menor número de flores e frutos.
A infecção do Fusarium oxysporum enfraquece o sistema radicular e a saúde das plantas. Isso a torna mais suscetível a outros estresses, como seca, calor excessivo e ataques de pragas de outras doenças.
A combinação de todos esses fatores, podem impactar significativamente o desempenho de uma lavoura. Em algumas culturas, como no tomate, alface e feijão, as perdas podem ser extremamente graves, reduzindo a produtividade em 80%.
Para identificar o Murcha-de-Fusarium é importante que os produtores fiquem atentos com os seguintes sintomas:
O método de controle mais eficaz do Murcha-de-Fusarium é através de ações preventivas. Para isso, existem diversas estratégias de manejo que podem ser aplicadas em uma lavoura. As principais são:
A rotação de cultura consiste em diversificar os tipos de cultivo de forma planejada em uma mesma área. Ao adotar essa técnica é possível evitar que o fungo perpetue seu ciclo de vida na lavoura. Além disso, ela também contribui para melhorar a fertilidade do solo e reduzir a dependência de defensivos.
A presença de ervas daninhas infectadas pelo Fusarium oxysporum cria um reservatório de inóculo (estruturas que permitem a sobrevivência do fungo) próximo às culturas desejadas. À medida que as ervas daninhas crescem, o fungo pode se espalhar para as plantas cultivadas através de raízes, água de irrigação ou vetores como insetos e equipamentos agrícolas.
A seleção de sementes de alta qualidade e livres de infecção pelo Fusarium oxysporum é uma medida preventiva eficaz para reduzir a incidência da doença. Com essa técnica, os produtores eliminam o risco de adquirir lotes contaminados, além de ter plantas mais tolerantes à pragas e doenças.
Apesar da fertilização em si não eliminar o fungo, ela pode fortalecer as plantas e ajudá-las a resistir melhor à infecção, reduzindo o impacto da doença. Portanto, ao manter um suprimento contínuo e equilibrado de nutrientes, permite que os cultivos tenham um crescimento saudável.
O melhoramento genético permite gerar variedades que sejam mais resistentes ou tolerantes a doenças e pragas, incluindo o Murcha-de-Fusarium. Isso, além de reduzir os impactos, também otimiza a utilização de defensivos agrícolas.
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A Murcha-de-Fusarium é uma doença de grande impacto causada pelo fungo Fusarium oxysporum. Ela prejudica os vasos condutores de água, o que interrompe o fluxo de água e nutrientes e faz com que as plantas morram.
Para acabar com o Murcha-de-Fusarium deve-se adotar a rotação de culturas, combater as plantas daninhas e recorrer a técnicas agrícolas, como melhoramento genético, seleção de sementes, entre outros.
Algumas condições favorecem o surgimento do Murcha-de-Fusarium, tais como temperaturas entre 24°C a 28°C, alta umidade e solos compactados, ácidos e arenosos.
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