Atualizado em 9 de setembro de 2022 às 10h09
O pulgão é considerado uma perigosa praga agrícola pelos profissionais do campo. Além de se multiplicarem de forma rápida, existem mais de 1,5 mil espécies de pulgões no mundo.
Geralmente, eles se alimentam da seiva da planta e prejudicam o desenvolvimento de diversas culturas, como trigo, milho, soja, algodão e cana-de-açúcar.
Neste artigo, você vai entender o que é o pulgão, os danos causados por ele, as principais espécies e os métodos de controle. Boa leitura!
Também conhecido como piolho das plantas, os pulgões são insetos muitos pequenos que medem entre 1,5mm a 5mm de comprimento. Tem o corpo mole e normalmente em formato de ovoide.
Eles fazem parte da família Aphidoidea e estão presentes em todas as regiões do Brasil. Por serem insetos polífagos, ou seja, se alimentarem de diversas fontes de nutrientes, o pulgão é uma ameaça para a maior parte dos agricultores.
Os pulgões atacam as lavouras de diversas formas e podem causar grande risco à produção agrícola.
Costumam ser mais ativos no verão, em período de estiagens e no calor. Normalmente a colonização começa pelo pulgão alado (com asas) e depois multiplicam-se por toda a plantação.
Eles prejudicam as plantas tanto no período de desenvolvimento, quanto na fase de reprodução e costumam começar o ataque pela reboleiras, área mais densa de um campo semeado. Veja os danos causados por eles:
Como mencionado anteriormente, esse inseto-praga se alimenta da seiva da planta. Com isso, causam a desnutrição delas e prejudicam o desenvolvimento sadio.
Além de retirar os nutrientes, o pulgão pode injetar toxinas pela saliva enquanto se alimentam. Isso, contribui na queda precoce das folhas.
As toxinas liberadas pelos pulgões, também podem favorecer a entrada dos fungos (Capnodium sp.). Agentes responsáveis pela fumagina, doença que forma uma camada preta nas folhas e prejudica o metabolismo das plantas. Além disso, também afetam os frutos, a reprodução das plantas e gera falhas na granação.
Algumas espécies de pulgões transmitem o vírus do mosaico do pepino (CMV). Esse micro-organismo causam manchas amareladas e o enrugamento das folhas, com isso, as plantas ficam deformadas.
Durante a digestão, os pulgões costumam expelir uma secreção açucarada. Esse líquido deixa as folhas grudentas e favorece na cumulação de sujidades. Isso afeta esteticamente a planta e reduz o seu valor comercial.
Os excrementos açucarados produzidos pelos pulgões atraem outros insetos como a formiga.
Essa espécie de inseto vive uma média total de 15 a 25 dias, sendo 5 dias no estádio de ninfa. Nas temperaturas favoráveis (25 °C e 27 °C) o ciclo pode encerrar mais rápido. De forma geral, essas são as fases do ciclo biológico completo do pulgão:
Embora o clico seja curto, é tempo o suficiente para se multiplicarem e gerar grandes prejuízos nas lavouras. Isso, porque os pulgões podem se reproduzir de duas formas: sexuada (por meio da fecundação) eassexuada (sem fecundação).
Quando apresenta geração sexuada, a espécie é considerada holocíclica e passa por toda a fase do desenvolvimento citado anteriormente. Já quando apresentam uma produção assexuada, são consideradas anolocíclicas e possuem ciclo incompleto.
De qualquer forma, as fêmeas geram em média 2 a 4 ninfas por dia e esse número se desenvolve sucessivamente.
Existem 1.5 mil espécies de pulgões pelo mundo. Apesar de serem insetos bem pequenos, eles podem apresentar uma grande variação estética e preferências por diferentes culturas. Confira nessa lista os 5 principais pulgões:
Continue com a leitura para conhecer a característica de cada pulgão e como ele afeta as lavouras!
Essa espécie é uma das mais comuns no Brasil e ataca diversos tipos de culturas, entre elas algodão, soja, alface, brócolis, couve flor, feijão, repolho, tomate, couve, melão e muitas outras.
Como o próprio nome sugere, ele tem coloração verde-claro e mede cerca de 2mm. Esse inseto-praga ataca as culturas sugando a seiva das plantas e favorecendo na transmissão de vírus.
É um inseto sugador que mede entre 0,9mm – 2,6mm. Além de sugar o nutriente da planta, o pulgão do milho excreta um líquido açucarado que favorece o surgimento de fumagina.
Além disso, ele favorece na propagação do vírus do mosaico. As plantas contaminadas, apresentam uma coloração verde-escura nas folhas. Geralmente são encontrados em colônias, dentro do cartucho do milho.
Esse tipo de pulgão mede em torno de 1,3mm e prejudica diversas culturas, como: algodão, abobrinha, abóbora, abacaxi, pepino, maracujá, cacau, manga, kiwi e muitas outras.
Além de sugar a seiva e causar a desnutrição da planta, ele também expele uma secreção açucarada, que favorece na propagação da fumagina e no surgimento de formigas.
O pulgão da espiga mede cerca de 1,5 a 3,0 mm e ataca principalmente as lavouras de aveia, cevada, trigo, triticale e centeio. Possuem coloração variada entre verde, amarelo e castanho.
A espécie se alimenta das folhas, da raque e da espigueta, gerando o enrugamento dos grãos e perda do poder germinativo. Assim como as outras espécies, o pulgão da espiga pode ser combatido por inseticidas químicos e pelo controle biológico.
São pequenos insetos de coloração escura. Tem um longo aparelho bucal perfurante e geralmente atacam as culturas do limoeiro, feijão, couve e muitas outras.
Assim como as espécies citadas anteriormente, o pulgão preto se alimenta da seiva da planta, causando a distorção dos galhos e o enrolamento das folhas. Também favorece no surgimento de fumagina.
Essa praga pode medir até 10mm de comprimento. Eles costumam permanecer em colônia e assim como as espécies anteriores, também se alimentam da seiva, causam desnutrição das plantas, favorecem no surgimento de fumagina e atrai formigas.
Certamente, o pulgão é uma espécie que afeta diversas culturas e podem causar grandes prejuízos. Por isso, existem inúmeros métodos de manejá-los, de acordo com cada situação. Essa são algumas formas de controle:
Por ter uma ação rápida, inseticidas químicos registrados é um dos métodos preferido dos agricultores.
Porém, hoje buscam-se manejos menos agressivos ao meio ambiente e alternativas sustentáveis, visto que, o surgimento dos insetos-praga são uma resposta da natureza aos desequilíbrios causados pela ação humana.
Diferente do manejo químico, o controle biológico combate as pragas por meio de agentes naturais como fungos, bactérias, vírus e predadores. Além de não prejudicar o meio ambiente e o próprio aplicador, apresenta resultados eficazes e comprovados.
Outra grande vantagem desse tipo de controle, é a preservação dos inimigos naturais como a joaninha, um dos principais predadores do pulgão.
Além disso, adotando produtos biológicos na estratégia de manejo e tratos culturais, podemos devolver características ao ambiente que foram sendo perdidas com o uso desenfreado de substâncias químicas.
O Manejo Integrado de Pragas tem apresentado bons resultados. O método trabalha boas práticas agrícolas de forma conjunta, a fim de manter as pragas abaixo do nível de dano econômico (NDE).
Com auxílio de uma porção de algodão encharcada com água, vinagre e álcool, os agricultores retiram os pulgões manualmente. Esse procedimento, normalmente é feito uma vez por semana em lavouras com pouca infestação.
Ao longo de mais de uma década, defendemos o uso racional dos recursos naturais para produzir com resultados sustentáveis.
Acreditamos que as moléculas químicas são primordiais para a produção, sendo utilizadas de forma consciente e quando realmente necessário.
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