Atualizado em 26 de setembro de 2022 às 03h09
O grupo das hortaliças envolve mais de 60 espécies vegetais cultivadas em território nacional e cada uma delas contém seu complexo de pragas. Porém, no Brasil, a biodiversidade e o clima tropical favorecem o surgimento e o uso prático de inimigos naturais.
Confira nesse conteúdo quais são as pragas das hortaliças mais comuns, os inimigos naturais e os tipos de controle!
Inimigos naturais são organismos que se alimentam, parasitam ou se desenvolvem sobre as pragas, ou seja, são amigos dos agricultores, visto que contribuem no para um ambiente mais equilibrado nas lavouras.
São: joaninhas, tesourinhas, vespas, bichos lixeiros, entre outros. Há também os micro-organismos, como fungos, bactérias, vírus e nematoides que ocasionam doenças e matam as pragas.
Causadora de danos diretos devido à sucção de seiva e da ação toxicogênica, sendo responsável por redução do vigor e reprodução, podendo atacar ou se hospedar em:
Além dos parasitóide Encarsia lutea, dos predadores Cyclonela sp. e Chrysoperla sp, o controle biológico da mosca-branca na cultura pode ser realizado com a aplicação de Beauveria Oligos®.
No Brasil, já foram identificadas 545 espécies de tripes, das quais em torno de 24 dessas são consideradas causadoras de danos à olericultura.
As pragas de hortaliças alteraram a consistência das folhas, deixando-as coriáceas e quebradiças, podendo causar o abortamento de flores. Nos frutos, o ataque pode causar abortamento, deformação ou ferimentos que alterarão a qualidade e o valor comercial do produto final.
Pode ser realizado por meio de larvas de Syrphidae, larvas de Crisopideos (bicho-lixeiro), de alguns coleópteros (joaninhas), tripes predadores dos gêneros Scolothrips e Franklinothrips e de percevejos do gênero Orius. Para conseguir eficiência, deve ser realizado em baixas populações das pragas, associado a inseticidas seletivos.
É uma das principais pragas que atacam a cultura da couve, trazendo perdas significativas, principalmente em folhas e brotos. Sugam a seiva provocando deformidade e reduzindo a capacidade fotossintética. Além disso, é transmissor de mais de 100 espécies de vírus fitopatogênicos.
Os parasitoides com maior importância são os do gênero Aphelinus. As joaninhas são grandes predadoras dos pulgões, como a joaninha-asiática “Harmonia axyridis” com capacidade de comer até 100 pulgões por dia.
Os principais ácaros-praga nas hortaliças são o Ácaro-do-bronzeamento (Aculops lycopersici), o Ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus) e o Ácaro-rajado (Tetranhychus urticae).
O ataque ocorre principalmente nas folhas dos ponteiros, resultando no enrolamento para cima das bordas dos folíolos e escurecimento desses para um tom de verde mais escuro e brilhante. Com a continuidade do ataque, a face inferior dos folíolos evolui para uma tonalidade bronzeada e em seguida ficam ressecadas e quebradiças.
Os ácaros da espécie “Tetranhychus urticae” (Ácaro Rajado) pode ser controlado biologicamente usando o Beauveria Oligos®.
Os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae e os ácaros predadores “Phytoseiulus persimilis” ou “Neoseiulus californicus” possuem um grande potencial como agentes para o controle de ácaros-praga.
A cigarrinha-verde é uma praga de hortaliças, com elevada ocorrência nos cultivos de feijão.
Os sintomas do ataque são semelhantes às viroses, provocando o atrofiamento e atuando como vetor de agentes fitopatogênicos. É encontrada na face inferior do folíolo e se alimenta sugando seiva, causando o ‘enfezamento’ da planta, que fica com as bordas dos folíolos voltados para baixo.
Estudos mais recentes indicam que aplicações dos fungos entomopatogênicos, “Lecanicillium lecanii” e “Metarhizium anisopliae” tiveram efeito positivo no controle de “E. kraemeri” em feijão.
O controle biológico tem sido utilizado em cultivos de hortaliças para se ter um cultivo protegido. São inúmeras as vantagens, possibilitando produzir alimentos sem resíduos de defensivos químicos.
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